É frequente o portador de Lúpus ter depressão?
Alguns estudos demonstram a 15 a 60 % dos portadores de doença crônica apresentam depressão. No entanto, apesar da depressão certamente ser mais comum em pessoas com doença crônica, como o Lúpus, não se pode afirmar que toda pessoa com doença crônica sofre de depressão clínica.
A depressão é causada pelos sacrifícios impostos pelo Lúpus?
A depressão pode ser causada pelos sacrifícios e esforços necessários que o paciente deve fazer em sua vida impostos pelo Lúpus.
A depressão pode agravar os sintomas do Lúpus?
As pessoas portadoras de Lúpus devem ser alertadas que os sintomas da depressão podem desencadear os sintomas e as crises agudas do Lúpus.
As medicações para o tratamento do Lúpus pode causar a depressão?
Sim, algumas medicações como os corticosteróides, que são amplamente utilizados em pacientes com Lúpus podem causar depressão.
Como diferenciar se o portador de Lúpus está com depressão ou apenas alteração no seu estado de humor?
As pequenas alterações diárias do humor são sentimentos transitórios de felicidade, angústia, irritação, em que todas as pessoas estão sujeitas pelo enfrentamento das dificuldades cotidianas. Por outro lado, o transtorno depressivo é um prolongado e desagradável estado de irritabilidade, infelicidade, sentimentos de culpa e baixa auto-estima.
Como saber se o paciente está com depressão atípica ou “disfarçada”?
Na depressão disfarçada os pacientes se recusam a admitir que estejam em um estado depressivos e podem substituir os sentimentos típicos da depressão por vários outros sintomas físicos. A proximidade na relação entre o médico e seu paciente para que ocorra uma familiarização com a sua personalidade, humor e sua condição de vida é fundamental no reconhecimento dessa situação. Por outro lado, o paciente sente-se mais encorajado para conversar sobre seus verdadeiros sentimentos.
Quais os sintomas de depressão no portador de Lúpus?
Os principais sintomas da depressão são os seguintes: prolongado estado de incapacidade, baixa autoestima, insônia, alguns sintomas físicos como dores de cabeça, dores no corpo, palpitações, diminuição do apetite ou do interesse sexual.
DRA. VIRGÍNIA FERNANDES MOÇA TREVISANI
DRA. LÚCIA STELLO GOULART
DRA. CORCA SANCHES
DRA. ROBERTA GONÇALVES
DRA. KARME RODRIGUES DA LUZ
REUMATOLOGISTAS
DISCIPLINA DE REUMATOLOGIA
UNIVERSIDADE DE SANTO AMARO – UNISA
A portadora de Lúpus pode ter filhos? Em quais situações que sim e em quais que não?
Sim. O índice de fertilidade e esterilidade em mulheres com LES é semelhante ao observado em grupos sem a doença.
Hoje em dia, 50% de todas as gestações em mulheres lúpicas são completamente normais, enquanto 25% podem ter bebês pre-maturos. A perda do feto, devido a abortos espontâneos, ou a morte do bebê podem ocorrer em 15 a 25% dos casos.
Entretanto, existem situações que podem dificultar a gravidez, como por exemplo: períodos prolongados de atividade da doença podem levar a irregularidade menstrual ou mesmo amenorréia (suspensão do ciclo menstrual por mais de 3 meses); pacientes tomando ciclofosfamida podem desenvolver falência ovariana prematura.
Ainda hoje é recomendado à portadora com Lúpus em atividade a realizar aborto?
Não, a paciente em atividade deve ter um seguimento médico mais frequente e receber o tratamento necessário para o controle da doença.
A atividade da doença ou exacerbações tende a ser suave na maioria dos casos. Os sintomas mais comuns são artrite, rahs e fadiga. Aproximadamente 30% das pacientes com Lúpus vão ter uma diminuição do número de plaquetas (plaquetopenia) no sangue durante a gravidez, enquanto 20% poderão ter perda de proteína (proteinúria) na urina. A nefrite lúpica quando presente antes da concepção também aumenta as chances de se ter uma exacerbação durante a gravidez.
É importante distinguir os sintomas de atividade do Lúpus das mudanças normais do corpo que ocorrem durante a gravidez. Por exemplo: durante a gravidez os ligamentos e estruturas ao redor das articulações podem acumular líquido (chamado embebição gravídica), e causar inchaços; estes não representam inflamação. Outro exemplo: muitas mulheres podem apresentar maior nascimento de cabelo na gravidez, seguido de uma grande queda após o parto. Embora a queda de cabelos seja um sintoma da atividade do Lúpus, é mais um resultado das mudanças que ocorrem durante uma gravidez normal.
A gravidez numa portadora de Lúpus é considerada de alto risco?
Sim, embora a maioria das gestações em pacientes lúpicas evoluam de forma normal, todas devem ser consideradas de “alto risco”; uma vez que a gravidez pode influenciar a evolução clínica da doença; por outro lado, no LES podem ocorrer com maior frequência, abortos expontâneos, prematuridade e bebês de baixo peso. Portanto, a gestante lúpica deve ser acompanhada de perto tanto pelo reumatologista como pelo obstetra, para que problemas possam ser prevenidos e intervenções rápidas sejam realizadas quando necessário.
A portadora de Lúpus grávida terá o nascimento de um bebê normal ou pre-maturo?
Atualmente 50% de todas as gestações em mulheres lúpicas são completamente normais, enquanto até 25% podem ter bebês pre-maturos.
A portadora de Lúpus grávida terá o nascimento de um bebê com Lúpus?
Pacientes com LES podem apresentar autoanticorpos, conhecidos como anti-Ro/SSA ou anti-La/SSb e raramente anti-U1 RNP, com capacidade de atravessar a placenta e potencialmente provocar algumas alterações no bebê conhecidas como Lúpus Neo-Natal. O Lúpus Neo-Natal não é igual ao Lúpus Eritematoso Sistêmico.
O Lúpus Neo-Natal é uma síndrome rara, que ocorre em aproximadamente 3% das mulheres lúpicas com anti-Ro/SSA. Ele se manifesta com lesões cutâneas (RASH) passageiras, alterações na contagem de células sanguíneas e hapáticas também passageiras, e um tipo especial de anormalidade no batimento cardíaco (bloqueio cardíaco). Se a anormalidade nos batimentos cardíacos ocorrer, o que é raro, ela é permanente; mas tem tratamento. As manifestações não cardíacas são transitórias tendendo a desaparecer em aproximadamente 6 meses, quando desaparecem os anticorpos maternos da circulação do bebê. Mesmo bebês com a anormalidade nos batimentos cardíacos crescem normalmente.
Se uma mãe teve um filho com Lúpus Neo-Natal, há cerca de 25 % de chances de ter outra criança com o mesmo problema.
Como deverá ser efetuado o acompanhamento da gravidez de uma portadora de Lúpus?
Visitas frequentes ao médico são importantes em qualquer gravidez de alto risco, isso porquê muitos problemas podem ser prevenidos, ou tratados mais facilmente, se observados no início.
Como em toda gravidez regras básicas são essenciais: comer bem e com intervalos regulares, tomar os medicamentos conforme a prescrição, não fumar, não beber. Fazer exercícios leves conforme orientação.
O Lúpus pode provocar dano à placenta?
Sim, a ocorrência de comprometimento fetal induzido pelo LES pode estar intimamente ligado às alterações placentárias. Estas parecem ser mais frequentes a partir da 25a semana de gestação, quando pode ser observado retardo de crescimento do bebê, redução dos movimentos do bebê, diminuição do líquido amniótico e da placenta.
Na histopatologia (estudo do tecido placentário) pode ser observada trombose, oclusão de vasos placentários e proliferação endotelial.
O parto de uma grávida com Lúpus pode ser normal ou tem que ser cesariana?
A mãe lúpica pode tentar o parto normal, desde que mãe e bebê estejam bem e controlados clinicamente; no entanto, não deve ser uma preocupação excessiva, pois diante de qualquer problema a cesariana pode garantir a saúde da mãe e do filho. Quando possível procurar um hospital que disponha de uma unidade especializada no tratamento de recém-nascidos pre-maturos.
O Lúpus pode entrar em crise quando uma portadora de Lúpus está grávida?
Sim, a gravidez pode exacerbar o curso clínico do Lúpus em até 30 a 35% das pacientes. Quando ocorre a crise, ou seja, o Lúpus entra em atividade, esta tende a acontecer durante o primeiro ou segundo trimestre da gravidez, ou durante os dois meses imediatamente após o parto (puerpério).
Nas pacientes em fase de inatividade da doença, a gravidez poderá não modificar o prognóstico ou mesmo o curso evolutivo do LES.
Qual o melhor momento para uma portadora de Lúpus ficar grávida?
Durante os períodos de remissão da doença, estudos mostram que quando a gravidez ocorre em períodos de 6 a 12 meses da doença fora de atividade a evolução é bem melhor.
O que é toxemia da gravidez?
A toxemia gravídica ou doença hipertensiva específica da gravidez compreende um conjunto de problemas que só acontece durante a gravidez, depois da 20ª semana. Ela engloba desde casos leves de hipertensão arterial e o inchaço no início da gestação até os quadro de pré-eclampsia, eclampsia e síndrome HELLP.
A paciente que com pré-eclampsia desenvolve pressão alta e passa a eliminar proteína na urina. O inchaço pode iniciar nas pernas e chegar a atingir o corpo inteiro. A eclampsia é uma complicação da pré-eclampsia combinada com ataques epiléticos ou coma.
Pode afetar até 20% das pacientes com Lúpus. Essa é uma situação séria requerendo tratamento imediato e, geralmente, um parto pre-maturo.
Há risco de aborto espontâneo?
Sim, a perda fetal espontânea ocorre aproximadamente ente 15 a 25% das gestações em pacientes lúpicas.
A portadora de Lúpus pode ingerir medicamentos durante a gravidez?
Como em toda gravidez deve-se evitar a ingestão de medicamentos sem orientação médica. De forma geral, medicamentos necessários a manutenção do tratamento do Lúpus não devem ser retirados.
As medicações podem afetar o bebê?
É seguro usar a maioria dos medicamentos normalmente ingeridos por pacientes com LES durante a gravidez. Prednisona, Prednisolona e, provavelmente, methylprednisolona não atravessam a placenta e são seguros para o bebê.
Estudos sugerem que azathioprina (Imuran) e hidroxicloriquina (Plaquinol) ajudam a controlar a doença e não afetam os bebês, mas isso ainda não é confirmado. Ciclofosfamida é definitivamente nociva durante os três primeiros meses de gravidez.
Uma paciente de Lúpus que fez uso da medicação Talidomida pode ficar grávida? Por quê?
Não, durante o uso de Talidomida na gravidez é totalmente contra-indicada.
No caso da paciente já ter interrompido o uso da Talidomida, o intervalo entre a retirada da medicação e a tentativa de engravidar deve ser de no mínimo 6 meses.
A Talidomida usada na gravidez pode ter efeitos teratogênicos, ou seja, predispor a mal formações (particularmente em extremidades).
Quais os problemas que a SAF pode trazer a gravidez de uma portadora de Lúpus?
A Síndrome do anticorpo anti-fosfolípide (SAF) pode ser encontrada em cerca de 30% de pacientes com LES, é uma causa de trombofilia adquirida, quer dizer, tendência a eventos trombóticos. Como os anticorpos anti-fosfolípides provocam trombose placentária e vasculopatia (lesão dos vasos) da decídua não está completamente elucidado, mas podem ser causa de perda fetal.
O maior risco de perda fetal está relacionado à presença de anticoagulantes lúpico, altos títulos de anticorpos anticardiolipina (aCL) da classe IgG, isoladamente ou associado a anticoagulante lúpico.
A portadora de Lúpus pode amamentar o seu bebê?
A amamentação deve ser estimulada; no entanto é necessário avaliar com o médico as medicações que estão sendo usadas, pois estas podem se concentrar no leite materno e passar para o bebê.
No caso do bebê pre-maturo, este pode não ter força ao sugar o peito materno, neste caso a retirada do leite com auxílio de uma bombinha pode ser utilizada para alimentar o bebê.
DRA. VIRGÍNIA FERNANDES MOÇA TREVISANI
DRA. LÚCIA STELLO GOULART
DRA. CORCA SANCHES
DRA. ROBERTA GONÇALVES
DRA. KARME RODRIGUES DA LUZ
REUMATOLOGISTAS
DISCIPLINA DE REUMATOLOGIA
UNIVERSIDADE DE SANTO AMARO – UNISA
Lúpus Eritematoso Sistêmico (LES)
Doença auto-imune de etiologia multifatorial com participação de fatores genéticos e ambientais.
Há fatores reconhecidos como possíveis desencadeantes da doença como alguns medicamentos, agentes infecciosos, fatores hormonais e radiação ultravioleta.
A doença é multissistêmica, mas geralmente a fertilidade é preservada.
Cerca de 90% dos casos ocorrem em mulheres, acometendo 10-12 mulheres para cada homem. No LES de início infanto-juvenil e em idosos a relação é de 3 mulheres para cada homem, sugerindo a influência hormonal no desencadeamento da doença.
A variação da idade por ocasião do diagnóstico é de 15 a 45 anos (média de 31 anos de idade). Sendo este o período reprodutivo da mulher, e como o LES não afeta a fertilidade, a frequência da associação entre gravidez e Lúpus não é rara, embora não seja usual o diagnóstico ser feito na gestação.
Influência da gravidez sobre o LES:
A interferência da gravidez sobre a evolução do LES é de difícil elucidação pelas diferentes formas de evolução que esta doença costuma apresentar tanto em gestantes como em não-grávidas. Os resultados nas pesquisas científicas são discordantes quanto ao maior risco de exarcebação da doença na gestação.
O que todos os estudos concordam é que a frequência de crises de exarcebação na gravidez é menor quando a doença está inativa no momento da concepção (idealmente nos 6 meses prévios à concepção).
Influência do LES sobre a gravidez:
A presença do Lúpus pode acarretar complicações sobre a evolução materna e fetal, mas a gestante Lúpica, quando engravida em momento oportuno da doença, pode ter uma gravidez sem intercorrências.
Conduta inter ou pré-gestacional:
As pacientes devem estar orientadas a respeito de sua patologia, gravidade e sinais de alerta de atividade da doença. É fundamental o esclarecimento sobre a necessidade de planejamento de uma gravidez para que ela transcorra com menos riscos materno-fetais.
O método contraceptivo de preferência será o uso de progestágenos injetáveis ou via oral por garantirem eficácia e não interferirem na evolução da doença.
A gravidez é contra-indicada para as pacientes com perda da função renal (creatinina > 1,5mg/dl), hipertensão arterial grave, insuficiência cardíaca, hipertensão pulmonar, e comprometimento neurológico grave.
Momento ideal para a gravidez:
A incidência e a gravidade de complicações maternas e fetais serão muito menores se a gravidez se iniciar em momento adequado de evolução da doença. Os parâmetros que devem ser levados em conta para o planejamento do momento oportuno para a concepção são:
a) Diagnóstico da doença há mais de 2 anos;
b) Estabilidade da doença com necessidade de prednisona menor que 10 mg/dia;
c) Não ocorrência de crise de atividade há pelo menos 6 meses;
d) Ausência de comprometimento renal e hipertensão arterial.
Acompanhamento pré-natal:
As consultas devem ser iniciadas precocemente e o acompanhamento realizado em conjunto pela Obstetrícia e a Reumatologia.
Terapia medicamentosa do LES:
O tipo de terapia medicamentosa dependerá do comprometimento orgânico e da gravidade do mesmo. Por isso é imprescindível o acompanhamento multidisciplinar (obstetra e reumatologista) a fim de se estudar alternativa que melhor favoreça a gestante com menos efeitos deletérios ao feto e recém-nascido.
DRA. FERNANDA COUTO FERNANDES DE OLIVEIRA
GINECOLOGISTA/OBSTETRA
MÉDICA ASSISTENTE DO
DEPARTAMENTO DE OBSTETRÍCIA DA UNIFESP
Texto em fase de elaboração.
[/toggle] [toggle title=”Lúpus e Doenças Infecto-Contagiosas”]O portador de Lúpus tem o mesmo risco de contaminação ou é maior a possibilidade de ter uma doença infecciosa?
O portador de Lúpus é mais susceptível à aquisição de doenças infecto-contagiosas, devido à disfunção imunológica própria desta entidade associada aos efeitos imunossupressores da terapia específica e ao eventual comprometimento de certos órgãos (ex: rins). De fato, cerca de 20-55% de todas as causas de morte nos pacientes com Lúpus são atribuídas às infecções e suas consequências.
As manifestações de doenças infecto-contagiosas em pacientes com Lúpus são as mesmas que um paciente sem Lúpus?
Não. Seja devido à doença de base, Lúpus, ou pelo seu tratamento imunossupressor, os pacientes com Lúpus podem ter manifestações clínicas ditas atípicas das doenças infecciosas. Por exemplo, no caso da tuberculose, as manifestações desta doença em outros sítios que não o pulmão, ou seja, manifestações extrapulmonares da doença podem ser mais comum (e.g. tuberculose óssea, em SNC ou trato gastrointestinal). Com relação ao vírus Herpes Zoster, sabe-se que nos pacientes com Lúpus há maior chance de desenvolverem nefrite lúpica, trombocitopenia imunomediada ou anemia hemolítica. Ainda, esta doença viral pode apresentar-se em sua forma disseminada em 9-15% dos pacientes, resultando em grande morbidade nestes pacientes. Com relação à hepatite B e C pouco é sabido sobre o curso destas infecções em pacientes com Lúpus. Nos pacientes com o vírus HIV e Lúpus, sabe-se que os mesmos podem cursar com uma melhora de marcadores clínicos e sorológicos da doença lúpica.
O organismo de um portador de Lúpus pode aumentar a carga viral de uma doença infecto-contagiosa?
O curso das doenças infecciosas crônicas acarretadas por vírus em portadores de Lúpus ainda não é totalmente conhecido, uma vez que são poucos os casos descritos na literatura. Contudo, é possível que nestas situações a própria disfunção imune, associada à utilização das medicações imunodepressoras, promova uma maior replicação viral e consequentemente um maior grau de infecção hepática, no caso das hepatites crônicas B e C. Quanto à infecção pelo HIV, parece haver uma correlação inversa entre a atividade viral e o Lúpus. O efeito imunossupressor do HIV parece inibir a atividade do Lúpus, que nestes casos acompanha-se por uma alta carga viral. Por outro lado, a instituição da terapia antiretroviral é capaz de restituir as manifestações do Lúpus, através da recuperação imunológica.
O portador de Lúpus que toma imunossupressor reduz o risco de contaminação de uma doença infecto-contagiosa?
Não. Estudos têm demonstrado que os corticóides, especialmente em doses de prednisona acima de 20mg/dia aumenta significativamente a suscetibilidade a infecções. Além disso, o tratamento do Lúpus com alguns imunossupressores, tais como a azatioprina e a ciclofosfamida podem influenciar negativamente tanto no aparecimento de patógenos específicos mais agressivos quanto na maior gravidade de infecções comuns nestes pacientes.
O imunossupressor pode retardar as manifestações de uma doença infecto-contagiosa?
Sim. Os imunossupressores, especialmente quando utilizados em altas doses, podem muitas vezes dificultar o diagnóstico das infecções, pois os pacientes em uso de tais medicações podem desenvolver quadros clínicos atípicos, culminando no atraso da instituição de tratamento. Deste modo, além da atenção médica em situações suspeitas, é importante que haja a adoção de estratégias preventivas, como a otimização dos imunossupressores às menores doses efetivas e a triagem diagnóstica de infecções, especialmente as provocadas por vírus (HIV, hepatites B e C) e micobactérias (tuberculose).
Quais as doenças infecto-contagiosas são mais comuns um portador de Lúpus contrair?
Uma grande variedade de agentes patogênicos pode produzir infecções nestes pacientes. Os principais locais de acometimento são a pele, a bexiga, as articulações, o cérebro, os pulmões e corrente sanguínea. Estas são em sua grande maioria causadas por bactérias (Staphilococcus aureus, Streptococcus pneumoniae, Escherichia coli, Pseudomonas aeruginosa), embora haja uma proporção maior de infecção por fungos e micobactérias do que na população em geral, principalmente nos indivíduos em uso de altas doses de corticoesteróides. Um exemplo disso é o aumento de pneumonia causada por Pneumocysitis jiroveci (antes chamado Pneumocystis carinii) nos pacientes que recebem altas doses de corticóides e/ou ciclofosfamida. O vírus Herpes Zoster, secundário a reativação do vírus latente da varicela, em sua apresentação localizada ou disseminada também está comumente presente em pacientes com Lúpus. Entretanto, os avanços na terapia, aliados ao diagnóstico e tratamento precoces, tem diminuído substancialmente as taxas de morbimortalidade por infecção nos pacientes com Lúpus.
No caso da AIDS, o portador de Lúpus pode tomar o coquetel utilizado no tratamento?
Sim, muito embora haja uma relação inversa entre a atividade do Lúpus e do vírus HIV (segunda pergunta). Desta maneira, o tratamento da infecção pelo HIV em pacientes com Lúpus deve ser individualizado com o objetivo de se atingir um equilíbrio entre o controle da infecção e a atividade da doença.
O portador de Lúpus pode tomar as mesmas medicações utilizadas no tratamento de qualquer paciente?
Sim. Contudo, naqueles pacientes sob uso de imunossupressores o uso de qualquer medicação deve sempre ser indicada e ou avaliada pelo médico que assiste ao paciente pelo fato desta classe de medicamentos, os imunossupressores, poder causar grande interações entre as drogas.
Pode haver alguma reação entre as medicações usadas no tratamento do Lúpus e nas doenças infecto-contagiosas?
São múltiplos os esquemas terapêuticos que podem ser aplicados no controle e no tratamento do Lúpus e de doenças infecciosas. Algumas medicações utilizadas concomitantemente apresentam potencial de interação, podendo em alguns casos acentua eventos adversos como a toxicidade renal e hepática.
Quais as prevenções o portador de Lúpus precisa ter em relação a doenças infecto-contagiosas?
A administração rotineira de algumas vacinas deve ser encorajada nos pacientes com Lúpus. São elas:
– Vacina contra o vírus Influenza anualmente;
– Vacina antipneumocócica a cada 3 ou 6 anos;
– DT (tétano e diftéria) a cada 10 anos;
– Vacina contra meningite por Haemophilus influenzae e meningococo em pacientes com asplenia e deficiência de complemento (neste caso só a meningococo);
– Vacina da hepatite B pode ser aconselhada em pacientes com Lúpus sob risco de adquirir a hepatite;
* Está contra-indicado o uso de vacina ditas “vivas” em pacientes sob uso de imunossupressor ou em uso de altas doses de corticóide (>20mg/dia).
DRA. ALÉIA FAUSTINA CAMPOS
DR. GASPAR LISBOA NETO
INFECTOLOGISTAS
HOSPITAL DAS CLÍNICAS
FACULDADE DE MEDICINA DE SÃO PAULO – USP
LÚPUS E EXERCÍCIOS FÍSICOS
O Lúpus Eritematoso Sistêmico (LES) é uma doença inflamatória crônica de etiologia autoimune, ou seja, caracterizada pela produção de anticorpos contra estruturas do próprio organismo. Embora possa acometer homens e mulheres em qualquer faixa etária, ocorre principalmente em mulheres entre 15 e 45 anos de idade.
Pode acometer diversos órgãos e tecidos, como pele, articulações, rins, células sanguíneas, vasos sanguíneos, sistema nervoso, etc. Assim, pacientes com LES podem ter manifestações diferentes. Enquanto um paciente pode, por exemplo, apresentar lesões de pele, outro pode apresentar acometimento do rim (nefrite). Cabe sempre ao médico uma boa avaliação, a fim de avaliar a extensão da doença. O Lúpus evolui, com períodos de atividade da doença (caracterizado por manifestações clínicas e alterações nos exames), e fases sem atividade da doença, em que o paciente fica bem, sem queixas por períodos variados.
A causa do LES ainda não está totalmente esclarecida, entretanto, um conjunto de fatores como predisposição genética, radiação ultravioleta, infecções e fatores hormonais podem ser importantes para o desencadeamento e desenvolvimento da doença.
Nos últimos anos, com o desenvolvimento de novas medicações e recursos terapêuticos, houve grande avanço no tratamento do LES, permitindo aos pacientes uma vida longa com boa qualidade. Entretanto, com a melhora da sobrevida, nas últimas décadas tem se observado maior frequência de doenças cardiovasculares (como infarto e derrame cerebral) em pacientes com LES. Estudos mostram que nos países desenvolvidos, as doenças cardiovasculares são responsáveis por cerca de 30% das mortes nos pacientes com LES. A angina é descrita em 4 a 12%, infarto agudo do miocárdio em 5 a 16% e morte súbita em 1 a 8% dos casos.
Para evitar ou diminuir o risco de doença cardiovascular em pacientes com LES, recomenda-se o controle rigoroso dos fatores que estão associados a esta complicação, como o aumento do colesterol, o sedentarismo, o fumo, o álcool, a obesidade, a pressão alta, estresse e o diabetes. Dessa forma, a prática de exercício físico regular pode se tornar um grande aliado no tratamento da doença cardiovascular precoce no LES.
O exercício físico também pode proporcionar outros benefícios ao paciente com LES, pois ajuda a perder peso, melhora os níveis de colesterol e triglicerídeos, melhora os níveis de pressão arterial, previne a perda de massa óssea (osteoporose) e ajuda a ganhar massa muscular. Estudos científicos prévios já realizados em paciente com LES, inclusive alguns deles realizados no Brasil, demonstraram que o exercício físico também é capaz de melhorar a capacidade aeróbica (capacidade que o organismo tem de captar, transportar e utilizar o oxigênio), a depressão, a qualidade de vida e a fadiga.
A maioria dos estudos com exercício físico no LES foi realizada em pacientes com doença inativa ou com atividade leve, devendo o paciente sempre conversar com o seu médico e educador físico, a fim de escolher o melhor momento para início da prática, assim como também a modalidade, frequência, duração e intensidade do treinamento.
Alguns cuidados devem ser ressaltados antes e durante a prática do exercício:
1) Consulte o seu médico. Este é capaz de realizar um bom exame clínico e, através de uma boa conversa, detectar alterações pulmonares, cardiovasculares ou no aparelho locomotor. Relate principalmente queixas e sintomas que surgem quando realiza atividades (como dor no peito, falta de ar, palpitações e desmaios), assim como também doenças prévias e antecedente de familiares com doença cardíaca.
2) Avaliar se o LES encontra-se em atividade e quais órgãos estão acometidos. Durante períodos de atividade, principalmente em situações mais graves e de maior risco, recomenda-se não se iniciar a atividade física.
3) O médico pode indicar alguns exames que podem ser feitos antes da prática do exercício. Nem todos são obrigatórios, devendo ser indicados individualmente a critério do médico. Dentre os exames que podem ser solicitados estão:
– Hemograma: avaliar presença de anemia ou alteração em outras linhagens celulares;
– Velocidade de hemossedimentação (VHS), anti-DNA e dosagem complemento: avaliar possível atividade da doença;
– Glicemia jejum: avaliar diagnóstico de diabetes ou intolerância a glicose;
– Lipidograma: diagnóstico de dislipidemia (alteração nos níveis de colesterol e triglicérides);
– Creatinina: avaliação da função dos rins;
– Urina I: avaliar possível acometimento dos rins pelo LES;
– Eletrocardiograma e Teste ergométrico: avaliação de arritmias ou doença isquêmica do coração em repouso e durante o esforço físico;
– Teste Ergoespirométrico (ou Teste Cardiopulmonar): teste utilizado para avaliação cardiorespiratória em que se analisam os gases expirados e a função cardíaca. É útil também para prescrição do treinamento.
4) O paciente com LES deve evitar a exposição solar, principalmente entre 9:00 e 15:00hs, quando há maior intensidade de radiação ultravioleta, pois esta pode desencadear atividade da doença. O uso do protetor solar é obrigatório, assim como também chapéu, bonés ou sombrinhas. Lembrar que o protetor solar deve ser repassado, pois seu efeito não dura mais que 3 horas.
5) Hidrate-se antes, durante e depois da atividade física; use roupas leves, claras e ventiladas; não faça exercícios em jejum, mas evite comer demais antes da atividade física; use tênis confortáveis e macios.
6) Pacientes em uso de anticoagulante oral devem comunicar ao médico e educador físico pois podem apresentar maior risco de sangramento, devendo evitar atividades com maior risco de ferimentos e traumas.
Atividade física é definida como: “qualquer movimento corporal, produzido pelos músculos esqueléticos, que resulte em gasto energético maior que os níveis de repouso“. Exercício físico, por sua vez, é “toda atividade física planejada, estruturada e repetitiva que tem por objetivo a melhoria, manutenção de um ou mais componentes da aptidão física”. Um programa de atividade física traz muitos benefícios e a Organização Mundial da Saúde considera o exercício físico como fator primordial na melhora do bem-estar físico, emocional e social.
O importante é fazer exercício físico sempre dentro de seu limite, o que varia de pessoa para pessoa. Observe sua capacidade funcional nas atividades diárias, como andar, subir degraus, arrumar cama, varrer a casa. Para um melhor resultado é essencial que a frequência cardíaca esteja correta para o seu condicionamento, e você deve pedir ajuda a um profissional da área da saúde para definir esta frequência para você. Porém, o ideal para verificar a frequência cardíaca correta para a realização dos exercícios é o teste ergoespirométrico, feito de preferência após uma avaliação pelo cardiologista. Em casos de exercícios resistidos, como a musculação, se aplica o teste de força máxima, para saber a melhor intensidade do exercício a ser realizado juntamente com a frequência cardíaca ideal. Explique para o educador físico que você tem LES e não deixe de falar se apresenta algum comprometimento motor.
Para um bom resultado o exercício físico deve ser realizado no mínimo 3 vezes por semana e por um período de 30 a 60 minutos. Entretanto, a frequência e a duração de cada sessão podem ser discutidos com seu educador físico e variar de acordo com o seu condicionamento físico. Entre os exercícios, estão incluídos a caminhada, natação, hidroginástica, dança, yoga, musculação e outros. São indicados em pacientes com LES, para evitar o sedentarismo, melhorar a qualidade de vida, o humor, a disposição e prevenir o aparecimento de outras doenças. Escolha sempre uma atividade que seja prazerosa para você!
DR. EDGARD TORRES DOS REIS NETO1
ALINE EVELYN DA SILVA2
LUANA VIANA DE OLIVEIRA3
DRA. EMÍLIA INOUE SATO4
1- Médico Reumatologista, Pós Graduando da Disciplina de Reumatologia da UNIFESP
2- Educadora Física, Pós Graduanda da Disciplina de Reumatologia da UNIFESP
3- Educadora Física, Pós Graduanda do Curso de Exercício Físico na Clínica Médica da UNIFESP
4- Professora Titular da Disciplina de Reumatologia da UNIFESP
O Lúpus Eritematoso Sistêmico (LES) é uma doença crônica, auto-imune, afetando inúmeros sistemas. O tratamento da LES deve ser multidisciplinar (por diferentes profissionais de saúde), com objetivo de melhor, prevenir e capacitar os sistemas afetados.
A fisioterapia pode atuar no tratamento dos pacientes portadores de LES de inúmeras formas, sendo alocados em três grandes grupos: o de prevenção, reabilitação e orientações educacionais.
Estas etapas de tratamentos estão intimamente ligado ao curso da doença, como é conhecido o LES apresenta fases de surto e remissão da doença.
A etapa de prevenção está relacionada com fase de remissão, onde a fisioterapia irá atuar com a melhora do condicionamento físico geral. Neste momento será desenvolvido programas de melhora do condicionamento cardiovascular, resistência muscular localizada, coordenação intra e extra muscular, propriocepção, melhora do equilíbrio em suas variabilidades. O enfoque desta etapa de modo geral é propiciar um maior substrato fisiológico para estes sistemas que podem sofrer alteração na fase de surto da doença.
O programa de fisioterapia precisa deve estar sincronizado com atuação dos outros profissionais de saúde e também com as queixas individuais dos pacientes.
Desta forma esta etapa visa melhorar inúmeros sintomas, um dos mais referidos são as dores articulares e musculares.
Todo programa de fisioterapia irá cursar com uma alteração no sistema fisiológico, no caso da diminuição das dores musculares, basicamente está relacionado com ganho de força muscular. O processo de hipertrofia muscular (aumento do volume muscular) é mecanismo complexo que terá como consequência a melhora da ativação muscular, diminuição da sobrecarga articular e diminuição do processo de fadiga entre outros.
Outra etapa que a fisioterapia irá atuar é a da reabilitação, onde o objetivo é minimizar ou eliminar as alterações geradas pela atividade da doença.
Os recursos fisioterápicos como eletroterapia, termoterapia, cinesioterapia entre outros podem ser utilizados nos pacientes portadores de LES, levando em consideração o quadro clinico e os objetivos proposto durante o programa de fisioterapia.
Os recursos de termoterapia que visam a utilização de altas e baixas temperaturas podem ser administradas no programa de fisioterapia, sendo elegidas de acordo com objetivo fisioterápico e com a repercussão fisiológica esperada. Desta forma este método deve ser escolhido de forma individual no programa de fisioterapia.
Algumas particularidades durante o tratamento podem ser desenvolvidos durante esta etapa como são os casos do aparecimento de artrose, necrose e osteoporose. As principais medidas nestes casos são analgesia (diminuição da dor), fortalecimento da musculatura adjacente e proteção articular.
A etapa de orientação educacional é de suma importância, é neste momento que podemos desenvolver políticas e pensamentos preventivos, a importância do tratamento em conjunto entre os profissionais de saúde, a interação do paciente com curso do tratamento.
As etapas do tratamento devem ser administradas em conjunto em um programa de fisioterapia, pois este processo deve estar alinhado com melhora da qualidade de vida deste pacientes e com os objetivos propostos pelos profissionais de saúde.
Não existe uma cronologia (tempo de tratamento) fixa para a repercussão do programa de fisioterapia devido às inúmeras variabilidades individuais, mas em média o tempo esperado são de 4 semanas sem a interrupção do programa.
MARCELO ISMAEL ABRAHÃO
FISIOTERAPEUTA
DRA. VIRGÍNIA FERNANDES MOÇA TREVISANI
REUMATOLOGISTA
AMBULATÓRIO DE ESPECIALIDADES MÉDICAS INTERLAGOS
HOSPITAL GERAL DO GRAJAÚ
ASSOCIAÇÃO CONGREGAÇÃO SANTA CATARINA
UNIVERSIDADE FEDERAL DE SÃO PAULO – UNIFESP
É alta a porcentagem de portadores de Lúpus que são sensíveis à luz ultravioleta e iluminação fluorescente?
Cerca de 30 a 40% das pessoas com Lúpus apresentam sensibilidade aos raios ultravioletas vindos da luz solar ou artificial.
Os raios ultravioletas são os que produzem o bronzeamento e as queimaduras, eles também podem destruir tecidos humanos?
A ação destes raios é química e germicida. No entanto os mais curtos destes raios também podem destruir tecidos, da mesma forma que destroem bactérias. Este efeito pode ser visto em queimaduras solares.
A sensibilidade ultravioleta pode já estar presente na doença do Lúpus ou pode se desenvolver durante o curso da doença?
Sensibilidade ultravioleta pode tanto estar presente no início da doença do Lúpus, como pode desenvolver durante o curso da doença.
Quais medidas eu devo tomar para me proteger da luz ultravioleta, bem como iluminação fluorescente e lâmpadas solares?
É recomendado o uso de protetor solar, óculos escuros e roupas adequadas.
Devo usar protetor ou bloqueador solar? Qual fator?
O uso de protetor solar é o recomendado. Deve-se usar fator acima de 15 para obter maior proteção solar.
Devo usar protetor solar em dias de chuva? E dentro de casa também devo usar?
Roupas molhadas, principalmente quando feitas de algodão leve, não oferecem proteção solar. Blusas feitas de tecidos leves oferecem apenas proteção limitada.
Dentro de casa também deve ser utilizado o protetor solar, já que a luz fluorescente também emite raios ultravioletas. As janelas de vidro filtram a luz solar e protegem as pessoas normais contra queimaduras. Entretanto, os vidros das janelas não filtram os raios ultravioletas com comprimento de onda maior; esses raios são capazes de agravar as lesões de pele nas pessoas lúpicas.
De quanto em quanto tempo devo repassar o protetor solar?
Deve ser reaplicado a cada 2-3 horas. Para melhor proteção deve-se aplicar de 15 a 30 minutos antes da exposição solar. É aconselhável voltar a aplicá-lo depois de tomar banho ou ir nadar.
Porque os raios ultravioletas ofuscam a minha visão?
Os raios ultravioletas podem causar fotoqueratite causando dores ou coceiras nos olhos, com sensação de areia ou asperezas nos olhos. Também pode causar catarata e pterígio.
Devo usar óculos escuros?
O uso de óculos escuros com 99-100% de proteção UV é recomendado ao estar sob uma lâmpada de sol ou exposição aos raios ultravioletas.
Raios ultravioletas quando refletidos na neve, água, areia, vidro ou cimento são mais perigosos? Por quê?
Raios ultravioletas refletidos na neve, água, areia, vidro ou cimento são mais intensos.
Qual horário que os raios ultravioletas são mais intensos?
Sol das 10:00 hs da manhã às 3:00 hs da tarde.
O dia com céu encoberto diminui bem os raios ultravioletas?
O céu encoberto não reduz muito os raios ultravioletas devendo ser utilizado o protetor solar.
Tomando medicação antimalária estarei mais tolerante aos raios ultravioletas?
Medicações antimalária aumentam a tolerância a ultravioleta muito pouco e a proteção ainda é necessária.
Quais roupas oferecem proteção aos raios ultravioletas?
Chapéus de aba larga e roupas de manga comprida. Existem roupas que já são fabricadas com proteção aos raios ultravioletas, lembrar que quanto mais apertada a tecedura, maior será a proteção. Deve-se optar por roupas de algodão e de cor clara.
O portador de Lúpus pode usar lâmpadas fluorescentes em sua casa?
Lâmpadas fluorescentes emitem raios ultravioletas devendo ser evitadas dentro da casa de portadores de Lúpus. Caso elas sejam utilizadas um protetor solar deveria ser utilizado dentro de casa.
Portador de Lúpus Sistêmico deve evitar exposição direta e prolongada a radiação ultravioleta, seja pelo sol ou lâmpadas fluorescentes.
DRA. VIRGÍNIA FERNANDES MOÇA TREVISANI
DRA. LÚCIA STELLO GOULART
DRA. CORCA SANCHES
DRA. ROBERTA GONÇALVES
DRA. KARME RODRIGUES DA LUZ
REUMATOLOGISTAS
DISCIPLINA DE REUMATOLOGIA
UNIVERSIDADE DE SANTO AMARO – UNISA
Com relação a vícios, a palavra por si só tem conotação pejorativa. Por princípio nenhum vício fará bem a ninguém, e talvez a abordagem seja por hábitos. Está mais que documentado os males do tabagismo, quanto à bebida alcoólica depende da quantidade do estado do paciente e de quais medicamentos está usando.
Há um subtipo de LES que é chamado o induzido por drogas (aí no sentido de fármaco), tem evolução benigna e quando se retira aquele medicamento que o paciente estava usando melhora dos sintomas.
DR. JOSÉ CARLOS MANSUR SZAJUBOK
REUMATOLOGISTA
SOCIEDADE PAULISTA DE REUMATOLOGIA
FACULDADE DE MEDICINA ABC
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Onde.poderia achar um tratamento publico para Lupus. No posto é muito demorado