[toggles title=”SAIBA MAIS SOBRE O LÚPUS” active=1 speed=500] [toggle title=”Medicina Alternativa e Outras Terapias”]

TRATAMENTOS COMPLEMENTARES:

A Atmam é uma Clínica-Escola-Espaço Vivencial, consolidada em seus 11 anos de existência, que nasceu de um lindo sonho de fazer com que as Terapias Complementares capacitassem pessoas em busca de algo a mais, lançando um olhar diferente para os indivíduos, levando em conta os seus aspectos físicos, emocionais e energéticos. A escola ministra cursos de formação e atendimentos em terapia holística.

Terapias complementares são as terapias que se utilizam dos recursos de métodos terapêuticos, não dispensando a importância da medicina convencional, colocando sempre as necessidades individuais do paciente em primeiro lugar e empregando técnicas seguras, com pleno conhecimento.

Atualmente existe uma grande procura por estes tratamentos complementares, pois oferecem um grande leque de possibilidades terapêuticas, e também porque as pessoas sabem instintivamente que essas abordagens complementares desempenham papel importante nos cuidados gerais ou mesmo na cura de muitas doenças crônicas.

A saúde e o bem-estar são talvez os fatores mais importantes da vida e todos devem ter a oportunidade de buscar ou mesmo obter informações sobre Terapias Complementares.

A Atmam forma pessoas que estejam em busca de uma nova atividade, uma nova profissão e ministra Cursos de Formação em Terapia Complementar, que atendem também a universitários que precisam de complementação de carga horária.

Na Atmam você também pode desfrutar de um atendimento terapêutico com uma equipe profissional pioneira.

O interessante de verdade, é fazer uma visita à Atmam e conhecer todas as possibilidades que o Espaço pode oferecer!

A IMPORTÂNCIA DA LEITURA CORPORAL NO TOQUE TERAPÊUTICO:

Os nossos corpos refletem, das mais variadas formas, os nossos estados de ânimo, nossa condição psicológica, mental e emocional. Isto se evidência de forma muito imediata em nossa respiração, ao ficarmos ofegantes quando ansiosos e como respiramos lenta e profundamente quando relaxamos. Assim também estas alterações quando repetidas criam padrões de comportamento que psicologicamente definem o caráter, o padrão de conduta, as tendências, necessidades e desejos do indivíduo.

Os nossos corpos refletem tais condições, contraindo músculos para se defender de dores emocionais da mesma maneira que faz com as físicas, assim também pode-se observar pela constituição dos traços fisionômicos que revelam muito da personalidade do indivíduo.

Assim, pela leitura corporal, pela observação destes sinais corporais se evidenciam as personalidades, os históricos de vida emocional, mental e psicológica de cada um. Dando assim uma ferramenta preciosa ao massoterapeuta que pelo correspondente físico estará tratando do indivíduo como um todo, compreendendo-o, e o levando a se conhecer melhor.

Através dos fundamentos da Bioenergética encontramos esta intrigante relação entre corpos e mentes, que nos permitem tratar de um por intermédio do outro, pela observação da postura corporal, das áreas de tensão recorrente, as “couraças” e assim diferenciar o caráter do indivíduo e então poderemos encontrar a melhor técnica para cada caso.

POR QUE É IMPORTANTE FAZER TERAPIA?

A resposta a esta pergunta está na própria proposta das terapias complementares, ou holísticas, como também são conhecidas.

Para um terapeuta holístico, o ser humano é visto em todos seus âmbitos: o físico; o emocional e o energético, assim a terapia busca a harmonia destes aspectos e a complementariedade resulta no trabalho conjunto com outras especialidades médicas e psicológicas, tendo cada uma a sua função específica e bem determinada.

Quando utilizamos as técnicas próprias desta prática – sejam elas corporais, como por exemplo, os mais diversos tipos de massagem, ou energéticas como o Reiki e as Essências Florais – estamos atuando em diversos campos buscando equilibrar e harmonizar o cliente.

Um bom exemplo seria o que é conhecido na medicina como enxaqueca. Nesse caso o médico toma as medidas necessárias a fim de tratar o problema e o terapeuta busca auxiliar o cliente no entendimento do padrão que gera, no dia-a-dia, este desequilíbrio. Assim, o cliente importunado com a famigerada dor de cabeça terá com seu médico o tratamento apropriado da doença e com seu terapeuta o entendimento da manifestação da desarmonia que ocorre com ele.

Cabe então ao terapeuta, munido das ferramentas que possui incentivar o cliente na busca da autoconsciência, é sua responsabilidade de ficar, estar e ser saudável, no sentido mais amplo da palavra.

ALEXANDRE INDRIUNAS
SANDRA CRISTINA DA SILVA

PROFESSORES
ATMAM ESPAÇO TERAPÊUTICO

[/toggle] [toggle title=”Alimentação”]
O Lúpus Eritematoso Sistêmico (LES) é uma doença auto-imune e de causa desconhecida que pode afetar vários órgãos.

Alguns dos principais medicamentos utilizados no seu tratamento, como drogas anti-inflamatórias não-hormonais, metotrexato, azatioprina, ciclofosfamida e principalmente os corticosteróides, podem causar alguns efeitos colaterais: aumento dos níveis de gordura no sangue (colesterol e triglicérides), pressão alta (hipertensão), obesidade, diabetes, fragilidade óssea (osteoporose) e danos gastrointestinais.

A alimentação, por sua vez, pode desempenhar um papel significante no tratamento do LES, prevenindo e/ou minimizando essas complicações. Embora não exista uma dieta ideal, recomenda-se uma dieta saudável sem excesso de calorias, sal, gorduras e açúcares.

  • A alimentação deve ser rica em verduras, legumes, frutas, leguminosas (feijão, lentilha, ervilha, soja), cereais integrais e derivados, carnes brancas e/ou magras (sendo os peixes os mais saudáveis) e laticínios com baixo teor de gordura.
  • Alguns nutrientes (vitamina A, vitamina E, selênio) têm a função de melhorar o sistema imunológico, protegendo o organismo contra infecções por vírus e bactérias, além de reduzir a atividade inflamatória da doença. Esses nutrientes são encontrados em alimentos como couve-flor, brócolis, repolho, espinafre, couve, cenoura, tomate, abóbora, mamão, manga, laranja, leite (de preferência o desnatado), ovos (no máximo 2 por semana e não na forma frita), castanhas, amêndoa, avelã e cereais integrais (farelos, aveia, linhaça, granola) que também possuem alto teor de fibras, que auxiliam na redução do peso e do colesterol.
  • Outro nutriente muito recomendado para a dieta no LES é o ácido graxo ômega 3, pois essa gordura tem a capacidade de prevenir as doenças cardiovasculares por reduzir os níveis de colesterol e triglicérides sanguíneos, além de melhorar o estado inflamatório. Os alimentos que contêm ômega 3 são: os peixes (principalmente a sardinha, o atum, o salmão, o arenque, a cavala e o bacalhau), semente de linhaça, óleo de canola, azeite de oliva, castanhas, nozes e amêndoas.
  • Alguns alimentos possuem outro tipo de ácido graxo, denominado ômega 6. Essa gordura deve ser evitada por pacientes com LES pelo fato de piorar a atividade inflamatória. O ômega 6 está presente no óleo de milho, de soja, de girassol, de algodão, de açafrão e na semente de papoula. Deve-se evitar, também, qualquer composto que contenha alfafa.
  • A alimentação deve ser rica em cálcio para prevenir a osteoporose, para isso deve-se ingerir alimentos como o leite desnatado e derivados (ricota, queijo fresco, cottage, iogurte sem gordura), queijo de soja (tofu), couve, repolho, brócolis e feijões secos.
  • Recomenda-se realizar 5 a 6 refeições ao dia (café da manhã, lanche da manhã, almoço, lanche da tarde, jantar e ceia), com moderação na quantidade de alimentos de cada uma delas, para se evitar o aumento de peso. É importante saber que pular refeições atrapalha o processo de emagrecimento.
  • Devem ser evitados os alimentos e as preparações gordurosas que possam elevar o peso corporal e os níveis de colesterol e triglicérides, como por exemplo: frituras, carnes gordas, pele de frango, camarão, frutos do mar, miúdos (fígado, coração), maionese, fast-foods, bacon, linguiça, salsicha, presunto, mortadela, salame, tortas e doces cremosos, leite integral, queijos gordurosos (prato, parmesão, cheddar, catupiry®), coco e derivados (exceto água de coco), sorvetes à base de leite e chocolate em excesso.
  • Outro fator importante é o controle do consumo de sal e a restrição dos alimentos ricos em sódio, pois esses podem elevar a pressão arterial e causar inchaço (edema) e retenção hídrica. Os alimentos ricos em sódio são os temperos industrializados (tabletes de caldos), sopas prontas, tempero do macarrão instantâneo, frios, enlatados (preferir os alimentos frescos: ervilha, milho), conservas (picles, azeitonas), margarina com sal, salgadinhos de pacote e excesso de sal no preparo dos alimentos. O consumo de sal light não é recomendado, pois geralmente, o seu uso pode se tornar abusivo.
  • Não se deve exagerar no consumo de preparações que contêm adoçantes à base de ciclamato de sódio e sacarina sódica, pois também podem elevar a pressão. O aspartame e a sucralose são mais indicados.
  • O açúcar (carboidrato) em excesso pode elevar o peso, a glicemia (açúcar no sangue) e os triglicérides, além de inibir o funcionamento do sistema imunológico. Por isso, os doces, o arroz, as massas, a batata, os pães, as farinhas, e a mandioca devem ter consumo moderado. Os refrigerantes light ou zero podem ser consumidos em ocasiões festivas e as bebidas alcoólicas devem ser evitadas.
  • Bebidas como o café, chá preto, mate e refrigerantes à base de cola devem ter consumo restrito para não prejudicarem a absorção do cálcio.
  • Por fim, recomenda-se que os pacientes com LES evitem ingerir alimentos que possam aumentar a fotossenssibilidade como o limão, a lima, o figo, o aipo e a salsa.

Todas essas recomendações nutricionais servem, não apenas para o tratamento do LES, mas para todas as pessoas que querem manter um peso adequado, ter uma vida saudável e, consequentemente, uma boa qualidade de vida.

NutriçãoNutrição

Para maiores esclarecimentos sobre a alimentação, consulte um nutricionista!

KARIN KLACK
NUTRICIONISTA
DIVISÃO DE NUTRIÇÃO E DIETÉTICA DO INSTITUTO CENTRAL DO HOSPITAL DAS CLÍNICAS
FACULDADE DE MEDICINA DA UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO – FMUSP
ESPECIALISTA EM SAÚDE PÚBLICA E ENVELHECIMENTO PELA USP
[/toggle] [toggle title=”Convivendo com o Lúpus/Estado Emocional”]

O paciente com LES pode manifestar diferentes manifestações na pele, algumas clássicas como asa de borboleta no rosto, o aumento da fotossensibilidade, lesões bolhosas, lesões ulceradas dentre muitas outras.

Há um problema no sistema imunológico, mas este fato não aumenta a chance de alergias, o que ocorre é que a formação de anticorpos, uma parte desses, se volta contra o paciente. É importante ressaltar que nem todos que produzem autoanticorpos desenvolvam doença autoimune.

Quando os autoanticorpos são patogênicos o tipo de lesão que ocorre nos órgãos é uma inflamação, que tem extensão e gravidade variáveis. Um dos órgãos que pode ser afetado pelo LES é o cérebro e, portanto as manifestações neurológicas e psiquiátricas são esperadas em alguns casos.

DR. JOSÉ CARLOS MANSUR SZAJUBOK
REUMATOLOGISTA
SOCIEDADE PAULISTA DE REUMATOLOGIA
FACULDADE DE MEDICINA ABC

[/toggle] [toggle title=”Consultas ao Médico e Relacionamento”]

Como já dito, o médico que deve conduzir o tratamento do LES é o reumatologista. A escolha do profissional deve ser feita, na medida do possível, através das informações dadas pela Sociedade Brasileira de Reumatologia, facilmente obtidas por telefone ou internet. O bom relacionamento com o médico é fundamental para o tratamento. Todas as dúvidas devem ser anotadas e retiradas na consulta. Normalmente, mesmo passando com outro profissional médico, o reumatologista deve sempre ser comunicado de eventuais medicamentos novos e eventuais procedimentos a serem realizados como cirurgias, extrações dentárias, etc. O paciente com Lúpus ao passar em consulta deve usar roupas leves para um melhor exame médico. O uso de maquiagem, esmalte e tinturas pode atrapalhar o exame, principalmente o exame da pele. O paciente deve estar ciente que o exame físico deve ser completo, mesmo não havendo queixas. Os exames laboratoriais sempre são solicitados para o controle da doença bem como dos medicamentos em uso. Caso o paciente necessite, o médico deve fornecer relatórios, laudos e atestados de acordo com as condições de saúde do mesmo. Nenhuma informação sobre a doença, seu tratamento ou informações pessoais podem ser divulgadas sem a autorização do paciente. Várias medicações novas encontram-se em estudo. Centros especializados conduzem esses estudos, caso os pacientes aceitem participar. Sempre a orientação detalhada do estudo bem como riscos e benefícios devem ser esclarecidos. O paciente, mesmo tendo assinado o termo de consentimento para participar desses estudos, pode desistir em qualquer tempo sem prejuízo. Caso não queira participar desses estudos, o tratamento deve continuar o mesmo, sem prejuízo para o paciente.

DR. LUIZ CARLOS LATORRE
DRA. MARINA VERAS DE MORAIS

REUMATOLOGISTAS
HOSPITAL HELIÓPOLIS

[/toggle] [toggle title=”Sexo e Vida Sexual”]

A sexualidade, mais por fatores psicológicos do que físicos ou medicamentosos, pode estar afetada. Eventualmente, por problemas associados a medicamentos ou à própria doença, pode ocorrer ressecamento de mucosas, inclusive vaginal, prejudicando o ato sexual. Existem cremes hidratantes que podem auxiliar e o paciente deve discutir esse assunto abertamente com o seu médico. Toda alteração de mucosas em órgãos sexuais deve ser comunicada ao médico para um pronto tratamento, muitas vezes com especialista apropriado. Alguns medicamentos, principalmente os imunossupressores podem causar infertilidade ou menopausa precoce. O exemplo desses medicamentos é a ciclofosfamida, devendo o paciente estar ciente. A maioria desses imunossupressores também é prejudicial ao feto. Logo, quando do seu uso, a anticoncepção deve ser feita e somente interrompida com ordem médica.

DR. LUIZ CARLOS LATORRE
DRA. MARINA VERAS DE MORAIS
REUMATOLOGISTAS
HOSPITAL HELIÓPOLIS

[/toggle] [toggle title=” Lúpus em Homem”]

Texto em fase de elaboração.

[/toggle] [toggle title=”Lúpus em Mulheres”]

Lúpus: Uma Doença com maior risco para as mulheres.  Afeta a pele no rosto, na nuca e no couro cabeludo

O Lúpus Eritematoso Sistêmico (LES) é uma doença crônica de causa desconhecida, onde acontecem alterações fundamentais no sistema imunológico da pessoa, atingindo predominantemente mulheres. O sistema imunológico é uma rede complexa de órgãos, tecidos, células e substâncias encontradas na circulação sanguínea, que agem em conjunto para nos proteger de agentes estranhos.

Em cada dez portadores desta doença, nove são mulheres, e ao contrário do que se pensa é preciso tomar muito cuidado com suas consequências, que vão além do que os leves sintomas iniciais, que são os seguintes:

– Dor e rigidez nas articulações, com ou sem inchaço;

– Dores musculares;

– Febre sem causa conhecida;

– Cansaço;

– Rachaduras na pele;

– Anemia;

– Problemas de raciocínio e memória;

– Problemas renais sem causa aparente;

– Dor no peito ao respirar profundamente;

– Sensibilidade à luz;

– Perda de cabelo.

Segundo pesquisas, geralmente o Lúpus se manifesta entre os quinze e os quarenta e cinco anos de idade, mas pode acontecer antes ou depois. Além de ser uma doença que afeta em uma grande escala as mulheres, também incide muito mais entre negros do que entre brancos.

O Lúpus Discóide se desenvolve essencialmente na pele do rosto, nuca e couro cabeludo.

Porém, dentre os casos deste tipo de Lúpus apenas 10 % evoluem para o Lúpus Sistêmico que pode ter efeitos graves que podem ser irreversíveis, dependendo dos órgãos atingidos dentre eles o coração, pulmão, sangue e rins.

Outras causas constatadas do Lúpus Sistêmico nas mulheres são: a cefaléia ou enxaqueca, artrite, fenômeno de Raynaud e sintomas psiquiátricos.

Uma pessoa com Lúpus desenvolve anticorpos que reagem contra as suas células normais, ou seja, a pessoa torna-se “alérgica” a ela mesma, o que faz do Lúpus uma doença autoimune.

O Lúpus não é uma doença comum, não é contagiosa, é causado por alterações no sistema

Imunológico, por fatores ambientais (como a luz ultravioleta, presente na luz do sol e na luz das lâmpadas fluorescentes) também pela questão hormonal (nível alto de estrógenos) presente no organismo feminino e predisposição genética do paciente.

Como citado inicialmente, o Lúpus é uma doença que pode trazer sérias consequências e riscos causando o comprometimento de órgãos vitais, mas há tratamento e quanto antes diagnosticado melhor.

Algumas orientações importantes, para todos os pacientes com LES:

– O uso de filtro solar e sempre evitar a exposição solar durante os períodos de maior;

– Incidência de raios Uva (entre as nove horas da manhã e quatro horas da tarde);

– Ter uma dieta balanceada, pobre em gordura de origem animal, frituras e rica em cálcio e derivados do leite;

– Fazer exercícios físicos regulares, no mínimo três vezes a semana, evitando assim doenças do coração e perda de massa óssea;

– As mulheres devem evitar o uso de hormônios estrogênios, pois podem desencadear;

– Atividade do LES e aumentar o risco de fenômenos tromboembólicos.

Lembre-se, sempre converse e esclareça suas dúvidas com o médico.

DR. ROMEO CECCON
REUMATOLOGISTA
HOSPITAL DO SERVIDOR PÚBLICO MUNICIPAL DE SÃO PAULO

[/toggle] [toggle title=”Lúpus em Bebês”]

É comum o bebê nascer com Lúpus?

Não, aproximadamente 1 a 2% das crianças nascidas de mulheres com doenças autoimunes, incluindo Lúpus Eritematoso Sistêmico e síndrome de Sjögren, apresentam Lúpus Neonatal.

Quais as complicações que o Lúpus pode provocar ao bebê?

As pacientes com Lúpus controlado nos seis meses que precedem a gestação e com função renal estável e normal ou quase normal têm menos chance de ter recém-nascidos com complicações. São descritos como complicações:

1. Perda fetal em até 50% das gestações, com maior risco para as pacientes com Lúpus ativo, hipertensão arterial, nefrite lúpica, queda dos níveis de complemento, níveis elevados de anticorpos anti-DNA, anticorpos anti-fosfolípides ou queda das plaquetas.

2. Parto prematuro

3. Lúpus Neonatal em 1 a 2% das gestações: a principal complicação do Lúpus Neonatal é o bloqueio cardíaco completo, uma arritmia grave que necessita de tratamento.

4. Algumas medicações podem passar para o leite materno dificultando o aleitamento.

O bebê com Lúpus Neonatal, ele terá os sintomas para o resto de sua vida?

As lesões de pele não deixam cicatriz e desaparecem em 6 a 8 meses. Em criança que não apresenta bloqueio cardíaco ao nascimento ou na época do diagnóstico do Lúpus Neonatal, é baixo o risco de desenvolver doença cardíaca tardia. As crianças com bloqueio cardíaco incompleto (primeiro e segundo grau) podem evoluir para bloqueio cardíaco completo, com risco de limitação aos exercícios e morte se não for tratado com a colocação de marcapasso. Nos pacientes tratados com marca-passo a evolução é excelente, entretanto 5 a 10%, podem desenvolver insuficiência cardíaca, na evolução. Criança com Lúpus Neonatal tem maior risco de desenvolver doenças autoimunes e reumáticas, como: artrite idiopática juvenil, psoríase, doenças de tireóide e diabete.

O bebê com Lúpus poderá tomar vacinação normalmente?

Crianças com Lúpus podem receber todas as vacinas exceto sabin, caso a mãe esteja utilizando corticóide em altas doses ou drogas imunossupressores, pois a criança ficará eliminando o vírus por 30 dias e a mãe pode se contaminar.

Qual especialista cuidará do bebê com Lúpus?

O pediatra, o reumatologista pediátrico e nos casos de bloqueio cardíaco o cardiologista pediátrico.

Qual tipo de tratamento o bebê é submetido?

O tratamento do Lúpus Neonatal depende da manifestação que o recém nascido apresenta. Gestantes lúpicas podem ter recém nascidos com Lúpus Neonatal e bloqueio cardíaco congênito, alteração grave por reduzir os batimentos cardíacos. Nestas condições gestantes devem realizar ecocardiogramas de controle. O tratamento pré-natal ou intra-útero para a prevenção do bloqueio cardíaco deve ser discutido e orientado pelo reumatologista e obstetra. Após o nascimento, o tratamento do bloqueio cardíaco pode ser feito com medicações, mas 2/3 dos recém-nascidos necessitam de marcapasso. Se a alteração é apenas da pele, deve-se orientar menor exposição à luz ultravioleta, uso de protetor solar (kids) e corticóide tópico quando necessário. Outras alterações, além da pele e cardíacas, podem estar presentes, como sanguíneas e do fígado, mas geralmente são leves e transitórias, desaparecendo por volta dos seis a oito meses. Em alguns destes pacientes pode ser necessário utilização de medicamentos, orientados pelo reumatologista pediátrico.

Quais os cuidados que os pais precisam ter?

A maior preocupação é o acompanhamento e tratamento dos recém-nascidos com bloqueio cardíaco congênito, cuja orientação será fornecida pelo reumatologista e cardiologista pediátrico. As outras manifestações regridem em média com seis a oito meses de idade, mas a criança com Lúpus Neonatal deve ser acompanhada, pois pode apresentar alguma doença auto-imune ou reumática no futuro, È necessário o alerta de que o Lúpus Neonatal pode recorrer com maior frequência em gravidez subsequente de mães com os anticorpos positivos.

 

DRA. SILVANA B. SACCHOTTI
DRA. EUNICE MITIKO OKUDA
DRA. MARIA CAROLINA DOS SANTOS
DR. MARCOS VINÍCIUS RONCHEZEL
DRA. WANDA ALVES BASTOS
REUMATOLOGISTAS
IRMANDADE DA SANTA CASA DE MISERICÓRDIA DE SÃO PAULO
FACULDADE DE CIÊNCIAS MÉDICAS DA SANTA CASA DE MISERICÓRDIA DE SÃO PAULO

[/toggle] [toggle title=”Lúpus em Crianças”]

Qual a porcentagem de Lúpus em crianças?

Aproximadamente 25 % de todos os casos de Lúpus começam na infância, dentro das duas primeiras décadas de vida.

O Lúpus em criança é raro?

O Lúpus não é uma doença comum nas crianças. O pico de incidência da doença em pediatria ocorre na adolescência.

Em crianças o Lúpus também predomina em mulheres?

Sim. O Lúpus afeta principalmente o sexo feminino. Na criança há um discreto predomínio do sexo feminino que aumenta na adolescência.

Qual a idade que normalmente o Lúpus surge em crianças?

O Lúpus é uma doença rara antes dos cinco anos de idade. A idade mais freqüente de inicio é dos 10 aos 14 anos de idade.

As crianças que apresentam Lúpus possuem familiares com a patologia?

Há uma predisposição genética e estima-se que aproximadamente 12% dos pacientes tem um ou mais parentes com a doença.

Quais as complicações que o Lúpus pode provocar nas crianças?

Podemos dividir resumidamente em dois grupos de complicações: relativas ao tratamento e a própria doença.

1. O uso prolongado e/ou altas doses de corticóides podem causar: osteoporose (o osso fica mais frágil pela perda de cálcio); necrose asséptica do osso (por falta de sangue); aumento dos níveis de açúcar, colesterol e triglicérides no sangue; alterações oculares; aumento do peso corporal e da pressão arterial. O corticóide tem um efeito positivo no controle da doença, mas pode ter efeitos indesejáveis. As drogas imunossupressoras, aquelas que deprimem as defesas do organismo, são muito importantes e necessárias no controle de algumas manifestações do Lúpus, mas aumentam o risco de infecções.

2. Em relação ao próprio Lúpus: com o surgimento do corticóide e das drogas imunossupressoras, o Lúpus na criança está sendo tratado e controlado mais adequadamente. Complicações podem ocorrer principalmente no rim, com alteração da sua função; no sistema nervoso, com convulsões e hemorragias.

Crianças apresentam que tipo de Lúpus?

Crianças apresentam Lúpus Sistêmico, com comprometimento de vários órgãos como o rim, articulações, pele, sistema nervoso, alterações no sangue, entre outras, e mais raramente, Lúpus Discóide, com comprometimento da pele e Lúpus Neonatal.

Qual especialista cuidará das crianças com Lúpus?

O cuidado da criança com Lúpus será realizado pelo reumatologista pediátrico (médico pediatra que se especializou em reumatologia). Vale lembrar que a criança com Lúpus também deverá ser acompanhado pelo pediatra geral, de acordo com as manifestações podem ser necessários o neurologista, cardiologista e nefrologista pediátricos.

O período de crise em crianças é maior do que em adultos?

A doença lúpica é semelhante em crianças e adultos e evolui com períodos de melhora e piora da atividade durante o seu curso. O período de crise (tempo de piora da doença), tanto em crianças como nos adultos, pode ser maior ou menor dependo do seu reconhecimento precoce e do tratamento imediato e efetivo.

Crianças com Lúpus podem tomar vacinas normalmente?

Podem, dependendo do tipo de vacina e da medicação que está sendo utilizada em seu tratamento. A orientação do esquema vacinal deverá ser dada pelo reumatologista pediátrico.

Como perceber que a criança tem sintomas que podem ser do Lúpus?

O Lúpus é uma doença que compromete vários órgãos e sistemas, determinando sintomas que podem ser semelhantes aos de outras doenças mais comuns na infância, o que torna o seu diagnóstico muitas vezes difícil. Pode-se pensar no Lúpus em crianças com manifestações iniciais de:

– febre prolongada, fraqueza, perda de apetite e de peso;

– dores articulares ou artrite (inchaço nas articulações);

– lesões de pele, principalmente as que exacerbam com luz solar ou fluorescente;

– alterações no exame de sangue;

– alterações no exame de urina e

– convulsões e alterações do comportamento.

Qual tipo de tratamento a criança normalmente é submetida?

Os objetivos do tratamento consistem em controlar a doença, evitar sua progressão e melhorar a qualidade de vida do paciente.

O tratamento do Lúpus na criança inclui cuidados gerais e medicamentoso.

CUIDADOS GERAIS:

– Alimentação – Dieta com pouco sal, principalmente para os pacientes em uso de corticóide a fim de evitar inchaço e hipertensão arterial; pobre em gorduras, que ajuda na prevenção do aumento do colesterol: rica em cálcio, leite e seus derivados para prevenção da osteoporose;

– Uso de cremes com filtro solar quando da exposição ao sol e à luz fluorescente E

– Prática de exercícios físicos, o que ajuda na prevenção da obesidade, osteoporose e aumento do colesterol.

TRATAMENTO MEDICAMENTOSO:

Inclui a utilização de: corticóides, cloroquina, imunossupressores.

O tratamento deverá ser orientado pelo reumatologista pediátrico, que irá avaliar cada paciente individualmente.

Quais os cuidados que os pais precisam ter?

Os pais precisam estar cientes da importância do acompanhamento adequado da criança/ adolescente com Lúpus para que ocorra o controle da doença, levando-os para as consultas e realização de exames de forma regular. Precisam dar apoio, por tratar-se de uma doença crônica. Eles precisam estar atentos quanto ao uso correto das medicações; ser orientados quanto aos cuidados com alimentação (pouco sal, pouca gordura e açucares); cuidado com a exposição ao sol (usar protetor solar).

A criança poderá frequentar normalmente a escola?

Sim. A criança pode frequentar normalmente a escola, uma vez que o Lúpus não é uma doença contagiosa. Às vezes, estas crianças podem ficar impossibilitadas de frequentar a escola por um determinado período devido às complicações, como infecções, que podem ocorrer.

A criança assim como o adulto, pode ter sensibilidade aos raios ultravioletas?

Sim. Assim como no adulto a criança deve usar proteção contra os raios ultravioletas para evitar uma piora do Lúpus. Esta proteção deve ser feita evitando-se a exposição ao sol e também à luz fluorescente (branca). A proteção é feita com o uso de bonés e protetor solar, este deve ser passado na pele, várias vezes ao dia.

A criança assim como o adulto, pode ter seus órgãos comprometidos com o Lúpus?

O Lúpus é uma doença que pode acometer diferentes órgãos. De forma diferente do adulto, que na maior parte dos casos apresenta comprometimento da pele, na criança, o Lúpus geralmente é sistêmico, ou seja, pode acometer diversos órgãos além da pele, como: rins, articulações, sistema nervoso, pode causar alterações nos componentes do sangue, coração, pulmões.

DRA. SILVANA B. SACCHOTTI
DRA. EUNICE MITIKO OKUDA
DRA. MARIA CAROLINA DOS SANTOS
DR. MARCOS VINÍCIUS RONCHEZEL
DRA. WANDA ALVES BASTOS
REUMATOLOGISTAS
IRMANDADE DA SANTA CASA DE MISERICÓRDIA DE SÃO PAULO
FACULDADE DE CIÊNCIAS MÉDICAS DA SANTA CASA DE MISERICÓRDIA DE SÃO PAULO

[/toggle] [toggle title=”Lúpus em Adolescentes e Jovens”]

O Lúpus Eritematoso Sistêmico Juvenil (LESJ) é uma doença autoimune caracterizada por uma inflamação generalizada crônica e difusa em todo o corpo que ocorre em pacientes abaixo de 18 anos de idade. Em torno de 25% de todos os pacientes lúpicos são adolescentes ou jovens, com predomínio nas mulheres durante a puberdade, possivelmente relacionado aos hormônios femininos.

A causa exata da LESJ ainda é desconhecida. Fatores desencadeantes hormonais (estrógeno), imunológicos (imunodeficiências, produção de múltiplos autoanticorpos) genéticos, infecciosos (vírus, bactérias, etc), emocionais, medicamentos (como anticonvulsivantes, hidralazina, isoniazida, etc) e ambientais (luz ultravioleta) podem estar envolvidos. Acredita-se que a coexistência de várias alterações genéticas em um mesmo paciente contribua para o desenvolvimento da doença na faixa etária pediátrica. Possivelmente existem particularidades nos adolescentes e jovens brasileiros, mas ainda estão sendo estudadas as características genéticas nesse grupo de pacientes.

Nesta doença há possibilidade de acometimento de alguns ou vários órgãos e sistemas do corpo ao mesmo tempo, como: pele, boca, articulações, rins, sangue, coração, pulmões, sistema nervoso, fígado entre outros. Nos adolescentes e jovens há um maior acometimento de alguns órgãos em relação aos adultos, especialmente inflamação dos rins, pericárdio (bolsa que envolve o coração), aumento do fígado e do baço e alteração hematológica (do sangue), possivelmente relacionada a fatores geneticos do Lúpus Pediátrico. Porém, as manifestações clínicas iniciais mais frequentes do LESJ compreendem febre prolongada, falta de apetite, perda de peso, comprometimentos articular, da pele e dos rins.

Uma boa relação entre médico, adolescentes/jovens e pais é importante para o sucesso do tratamento, uma vez que a duração desta terapêutica é prolongada. Este tratamento deve ser sempre individualizado e é fundamental a educação sobre a doença e bons hábitos de vida. A nutrição deve ser balanceada, com redução de sal para os hipertensos e pacientes em uso de corticosteróides, e restrição de sal e proteína para os pacientes em insuficiência renal. Os esportes e atividades de lazer são indicados sempre, especialmente quando a doença estiver controlada. O protetor solar que bloqueia os raios ultravioletas, com fator de proteção solar (FPS) igual ou superior a 15, deve ser indicado em todos os pacientes e aplicado 30 minutos antes da exposição solar, mesmo em dias nublados, com reaplicação após 4 horas. As infecções devem ser tratadas imediatamente. Sempre que possível os pacientes devem ser vacinados, principalmente no início da doença, e a carteira de vacinação deve ser checada anualmente.

O tratamento deve ser discutido com o médico de cada paciente e inclui corticosteróides (prednisona, prednisolona ou pulsoterapia com metilprednisolona), antimaláricos (difosfato de cloroquina ou sulfato de hidroxicloroquina), imunossupressores (pulsoterapia endovenosa com ciclofosfamida, metotrexate, azatioprina, micofenolato mofetil e ciclosporina), agentes biológicos (rituximabe) e outros (talidomida, dapsona, gamaglobulina endovenosa, plasmaferese, etc).

O tempo de tratamento é bastante variado e depende do órgão acometido. Habitualmente, o tratamento continua durante a adolescência e juventude, objetivando manter doses mínimas de corticosteróides (como a prednisona e prednisolona), ou até sua suspensão; sendo utilizado eventualmente algum imunossupressor e, sempre que possível, sendo mantido o antimalárico. Nestes adolescentes e jovens deve ser feita uma transição lenta para o reumatologista de adulto, geralmente entre 17 e 20 anos.

Álcool, drogas (como maconha, cocaína, etc) e fumo devem ser evitados. Muitos adolescentes não aceitam a doença e o tratamento e devem ser conscientizados quanto à importância do uso contínuo de medicamentos, pelo risco de reativação grave da doença na suspensão destes. A responsabilidade, que sempre é atribuída aos pais ou responsáveis até os 18 anos de idade, deve ser transferida gradualmente ao paciente de maneira firme.

Neste período inicia-se a primeira menstruação (menarca) e a primeira ejaculação (espermarca) nos pacientes com LESJ. Estes podem demorar um pouco a aparecer, mas vêm normalmente entre 11 e 16 anos. Além disto, a vida sexual é normal e igual aos adolescentes e jovens que não têm Lúpus, iniciando com masturbação, carícias e o ato sexual propriamente dito.

Habitualmente, a primeira atividade sexual nos pacientes com LESJ ocorre em torno dos 16 aos 18 anos em ambos os sexos. Atividade sexual deve ser sempre realizada com preservativos (camisinha masculina ou feminina). Os preservativos evitam a gravidez e as doenças sexualmente transmissíveis (como a AIDS, gonorréia, sífilis, etc), mas deve-se lembrar sempre de checar a validade da camisinha, colocá-la adequadamente no pênis ereto e trocá-la a cada relação sexual. Nas jovens que mantém atividades sexuais frequente deve ser utilizado o anticoncepcional com progesterona. Os contraceptivos orais combinados (com estrógeno e progesterona) geralmente são contra-indicados nas mulheres com LESJ, particularmente naquelas com nefrite e presença do anticorpo anti-fosfolípide. O uso dstes contraceptivos deve ser sempre orientado por seu reumatologista pediátrico e/ou ginecologista.

A gravidez nas adolescentes e jovens com LESJ é habitualmente normal, porém pode reativar a doença, determinar complicações maternas e causar prematuridade e baixo peso na criança. Para que a gravidez seja bem sucedida, deve ser planejada e não deve haver atividade da doença 6 meses antes da concepção. O pré-natal deve ser realizado por obstetras que tenham experiência no acompanhamento de gestações em mulheres com LESJ, mas não dispensa a avaliação mensal com o seu reumatologista.

O paciente com LESJ tratado adequadamente tem alta probabilidade de se tornar um adulto feliz, saudável, produtivo e com sua doença controlada. À semelhança de todas as pessoas que não sofrem de doenças crônicas, é essencial o estímulo à formação escolar, ao desenvolvimento profissional e à constituição da própria família.

Prof. Dr. Clovis Artur Almeida da Silva1
Dra. Lucia Maria Arruda Campos2
Dra. Adriana Almeida de Jesus3
Dra. Ana Paola Navarrette Lotito4

Referências

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